MAIS DINHEIRO NO BOLSO
Rendimento do trabalhador brasileiro cresceu 16% na
última década
O rendimento médio no trabalho principal das
pessoas com mais de 16 anos de idade registrou aumento real de 16,5% de 2001 a
2011. No período, as mulheres e os trabalhadores do mercado informal foram os
que apresentaram os maiores ganhos reais, de 22,3% e 21,2%, respectivamente.
Os dados constam da pesquisa Síntese de
Indicadores Sociais: Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira
2012, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está
divulgando hoje (28).
No caso das mulheres, o maior aumento foi
observado na Região Nordeste (39,6%) e, entre os trabalhadores informais, na
Região Centro-Oeste (31,1%). Segundo o IBGE, a desigualdade de rendimentos
entre homens e mulheres tem se reduzido nos últimos anos, mas as mulheres ainda
recebem menos que os homens – em média 73,3% do rendimento deles.
Outra constatação da pesquisa do IBGE é a de
que, entre trabalhadores com maior nível de escolaridade (12 anos ou mais de
estudo), a desigualdade de rendimentos por gênero é mais elevada, já que as
mulheres recebem apenas 59,2% do rendimento referente aos homens.
Na Região Nordeste, a desigualdade de
rendimentos por gênero neste grupo de escolaridade é ainda mais elevada e as
mulheres chegam a receber apenas 57,4% do rendimento dos homens. No Piauí, por
exemplo, as mulheres com nível superior completo ou incompleto chegam a receber
menos da metade (47,5%) do rendimento dos homens com a mesma escolaridade.
A desigualdade por cor ou raça também é
visível a partir dos dados do estudo. O rendimento médio dos trabalhadores
pretos ou pardos com mais de 16 anos equivale a 60% do rendimento médio da
população branca nessa mesma faixa etária. A situação, no entanto, já foi mais
grave. Em 2001, o rendimento de pretos ou pardos era 50,5% menor do que o
recebido pelos trabalhadores de cor branca
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