ELEIÇÃO QUE NÃO SERÁ, MAS PODERIA TER SIDO
Um passo inesperado. Assim pode ser definida a decisão que impediu a eleição deste ano se transformar em plebiscitária. Seria uma espécie de consulta pública entre o “sim” e o “não”. O interesse na plebiscitária se reservava a possibilidade até flagrante de se conhecer um resultado que não estava nos prognósticos de ninguém, isto porque este tipo de consulta pode se transformar em “uma faca de dois gumes”. A incógnita domina a tendência. A resposta chega ao pensamento do eleitor no último momento, na hora de votar. “Sim” ou “Não”. De quebra, o PSDB na consulta interna acabou concluindo que a “panela de pressão” estava insustentável, razão pela qual preferiu diminuir o fogo e levar o processo eleitoral deste ano em “banho Maria”.
ROBA-ROBA
Lançado no Facebook o game 'Roba-Roba', baseado na corrupção brasileira. A matéria foi extraída do site do Estadão.
ATENÇÃO: “Você foi eleito graças a algumas manobras eleitoreiras, como pagar churrascos e fazer showmícios nas favelas, onde você prometeu um monte de coisas, que não são nem da sua alçada. Mas… E daí? Você tá de olho é no salário, nos cargos e, principalmente, nos contratos”.
O aviso, nu e cru, aparece assim que você começa a jogar o “Roba Roba“, game lançado quinta-feira passada, no Facebook pela empresa PlayerUm. A ideia é mostrar a carreira de um político corrupto. Na primeira fase, você é um vereador. Na segunda, deputado estadual. E assim sucessivamente até chegar ao ápice: a cadeira da presidência do Senado.
Para passar de fase, e, conseqüentemente, subir na vida, é simples. O jogador precisa “desviar” dinheiro e fugir dos “inimigos” que irão tentar
detê-lo: a imprensa, a Justiça, o povo e a temida Polícia Federal.
O design do jogo lembra o antigo Pac-Man. Quanto mais dinheiro o jogador embolsar, mais anti-troféus vai ganhar: menos hospitais, menos escolas, menos estrada, isto é, cada vez menos investimentos na cidade porque os recursos estão todos com destino certo, a corrupção.
O “Roba Roba” não é o primeiro jogo de cunho político que a empresa lança.
Durante o segundo turno das eleições de 2010, eles criaram o “Tomatocracia”.
O objetivo era acertar tomates nos então candidatos à Presidência.
No ano passado, após inúmeros bueiros explodirem no Rio, eles criaram o “Desafio Rio Boom-eiro”, cujo objetivo era caminhar pela cidade maravilhosa sem ser acertado.
Segundo um dos sócios da PlayerUm, Rubens Blajberg, a empresa costuma aproveitar fatos que estão em evidência para fazer games que satirizam a realidade. Desta vez, no entanto, foi diferente: “Infelizmente, a corrupção está sempre acontecendo. Então a gente nem precisou esperar pelo timing, foi só ter a idéia e montar o jogo. E aí coincidiu com o escândalo do Cachoeira agora, mas poderia ter sido com qualquer outro”, afirmou Blajberg. (Extraido do site Estadão).Este tipo de jogo satirizando nosso impoluto ambiente político, se fosse montado com as realidades domésticas, o sucesso era garantido. Fico imaginando este tipo de competição juntando os personagens locais com bagagem, como seria divertido o roba-roba, ou o descobrimento dos pais da matéria da jogatina com jurisdição aqui e em outros municípios. A correria seria tanta que até mesmo o papa-léguas do desenho animado não passaria de um bicho preguiça perto dos aprendizes de jóquei de raposa que fazem parte do hilário cenário de Jaraguá do Sul e região.