O NOVO CRUSOÉ
Pra que serve a política, ela
pode mudar as pessoas ou deve mudar as atitudes das pessoas.
Considero que a política deveria ser isto ou estar voltada
para isso em muito mas muito mais. A prática,no entanto conspira contra
qualquer princípio situado no patamar da essência.
O que acontece é que a
prática consiste em demonstrar resultados impactantes que fogem ao concebível.
As manobras, as rasteiras, os acertos
vergonhosos, a compra e venda de candidaturas, a compra e venda de
apoios, enfim há toda uma camada rústica
de procedimentos condenáveis, mas que no frigir dos ovos dão resultados.
E ninguém mais está interessado se dentro ou fora da ética. Se haverá ou não a possibilidade de um
envolvimento processual futuro.
Nada disso importa, até
mesmo as repercussões negativas tem
algum valor desde que os fins desejados
sejam alcançados.
Então, como se vê a política
que deveria servir como um marco de transformação ela na verdade serve de trampolim.
o mais importante é que os candidatos se
se mostram interessados no problema social, no
avanço administrativo exibindo o que fizeram
na atividade particular confundido-se no entendimento que o mesmo farão
na função pública. Desta forma se
apresentam na comunidade que não lhes pertence, alienígenas com firma
reconhecida e CNPJ
porém,oportunistas que sugam
os recursos auferidos na esfera mediática local, para aplicá-los em outros municípios, tanto técnica como
patrimonial ente falando, e mesmo assim voam nas alturas da pretensão. Estes
mandrakes
modernos do planejamento e do desenvolvimento, administrativo, urbano e
social pensam que bafejo da sorte além mar, poderá se
repetir no aquém terra, sem levar em conta os recifes que
encontrarão no roteiro desta aventura eleitoral.
Considero esta tentativa um naufrágio antecipado bem ao estilo do
barco furado de Crusoé. Eleição e política não serve para marinheiro de
primeira viagem e sem currículo sólido como credencial de
apresentação a um eleitorado que lhe é diferente, com hábitos diferentes, com
jeito diferente e dentro de limites territoriais que desconheceu ao longo de toda sua vida,
quer como político ou como investidor. Corre o risco de conviver se sobreviver,
na ilha da fantasia onde sistema político é monocrático.
. Toda intromissão gera uma reação e somente a cegueira de um candidato pode levá-lo a
ciscar no terreno alheio