sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013


...

Mal educados (dois)
Atribuir aos professores esta responsabilidade também seria uma atitude precipitada, mesmo porque esta é uma das classes mais desprestigiada da categoria de trabalho no Brasil. Então isentar quem tem culpa fica fácil, porque a maioria destes assoberbados da caneta vive no aconchego das hostes da abastança sem ter muito a oferecer na prática na formação, construção e desenvolvimento de bases sustentáveis na mudança de hábitos e entendimentos que os jovens necessitam. Por isso são reconhecidos como “casca grossa”.
É algo parecido com esta certeza: , quem manda em casa é o pai e não filho. Quando o filho manda desautoriza o pai e a responsabilidade na condução da família entra em choque e em condições desproporcionais não admissíveis. E depois atribuir a responsabilidade ao filho pela permissividade do pai, seria como se diz comumente por aí, “tirar o seu da reta”. O pai,  aprendi lá na década de 40 é responsável maior pela família em formação, as mudanças são naturais, mas não ao ponto de desclassificar o pai, achincalhar o filho e atribuir a este o mau comportamento pelo uso da internet, pelos vícios da sociedade, pela formação descaracterizada das crianças.O jovem é o reflexo da luz que o ilumina. É fácil apontar os desequilíbrios das crianças, difícil é apontar a ignorância ou as mazelas dos adultos que podem se o por ao ofensor reagindo com as armas disponíveis. . . Quem se sente diplomado em dar lições comportamentais aos jovens dos nossos dias, deveria mostrar maturidade emocional, lucidez existencial na condução, interpretação e participação de um processo que requer o máximo de contribuição e não apenas de análises subjetivas ou taxações inconvenientes e extemporâneas. Os nossos jovens nada mais são do que o retrato dos pais e eles hoje repetem antigos pecados cometidos por negligências dos adultos, cada qual no seu tempo. Amanhã serão eles a carregar este fardo e caberá aos jovens no laboratório de suas existências aprenderem pela educação ou pelo sofrimento o caminho adequado a seguir, também na orientação de seus filhos e assim por diante de geração em geração. Pelo menos assim penso eu...



Nenhum comentário:

Postar um comentário