...
Mal educados (dois)
Atribuir aos
professores esta responsabilidade também seria uma atitude precipitada, mesmo
porque esta é uma das classes mais desprestigiada da categoria de trabalho no
Brasil. Então isentar quem tem culpa fica fácil, porque a maioria destes
assoberbados da caneta vive no aconchego das hostes da abastança sem ter muito
a oferecer na prática na formação, construção e desenvolvimento de bases
sustentáveis na mudança de hábitos e entendimentos que os jovens necessitam.
Por isso são reconhecidos como “casca grossa”.
É algo parecido
com esta certeza: , quem manda em casa é o pai e não filho. Quando o filho
manda desautoriza o pai e a responsabilidade na condução da família entra em
choque e em condições desproporcionais não admissíveis. E depois atribuir a
responsabilidade ao filho pela permissividade do pai, seria como se diz
comumente por aí, “tirar o seu da reta”. O pai, aprendi lá na década de 40 é responsável maior
pela família em formação, as mudanças são naturais, mas não ao ponto de
desclassificar o pai, achincalhar o filho e atribuir a este o mau comportamento
pelo uso da internet, pelos vícios da sociedade, pela formação descaracterizada
das crianças.O jovem é o reflexo da luz que o ilumina. É fácil apontar os
desequilíbrios das crianças, difícil é apontar a ignorância ou as mazelas dos
adultos que podem se o por ao ofensor reagindo com as armas disponíveis. . .
Quem se sente diplomado em dar lições comportamentais aos jovens dos nossos
dias, deveria mostrar maturidade emocional, lucidez existencial na condução,
interpretação e participação de um processo que requer o máximo de contribuição
e não apenas de análises subjetivas ou taxações inconvenientes e extemporâneas.
Os nossos jovens nada mais são do que o retrato dos pais e eles hoje repetem
antigos pecados cometidos por negligências dos adultos, cada qual no seu tempo.
Amanhã serão eles a carregar este fardo e caberá aos jovens no laboratório de
suas existências aprenderem pela educação ou pelo sofrimento o caminho adequado
a seguir, também na orientação de seus filhos e assim por diante de geração em
geração. Pelo menos assim penso eu...
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