NEM TROLOLÓ NEM FIFIFI
Em 1939 Albert Camus disse o seguinte:
Uma verdade anunciada num tom
dogmático é censurada 9 entre 10 vezes; a mesma verdade, se dita em tom jocoso,
não mais do que cinco entre dez… Essas são as possibilidades da Inteligência
humana…”Albert Camus (1913-1960), filósofo e escritor francês nascido na Argélia
escreveu em 1939 um manifesto em favor da liberdade de imprensa. Como naquele
tempo e sem me valer da inspiração de Camus, digo que hoje não é diferente.
Criticar, ter idéias diferenciadas do comum,
como e faz a prole jornalística adestrada pode, não é permitido nas sociedades artificiais,
mas quem quiser sobreviver dentro deste
contexto tem que aprender a só elogiar,
manifestar constantemente com o rabo no
meio das pernas, a palavra Sim Senhor exercendo seu trabalho de joelhos diante
do poder político ou econômico. E isto
não é informar, orientar, ajudar a sociedade crescer como um todo, mas sim guarnecer, tornar-se
pretor do crescimento de alguns privilegiados ou de apenas um segmento. A liberdade de imprensa é a expressão da própria liberdade, quando
alguém é tolhido, impedido de exercer a
função de se manifestar pelos meios disponíveis seja
por um órgão de imprensa ou pela manifestação das ruas, que aliás são as mais legítimas das sociedades
democráticas, há que se atentar, que se notar, que se rebelar contra este tipo de impedimento só manifesto pelo
espírito dos algozes do homem
livre. Este ambiente criado não de
civilidade, mas um ambiente de loucura respirado por aqueles que ainda não
conscientizaram do grande papel que deve exercer a imprensa. Não é ela, um
instrumento do fi-fi-fi- do trololó, da
basbaquice do elogio desmesurado com vastas páginas mostrando o sorrisos da minoria
que paga pela exposição pública. A imprensa é com disse o filósofo referido nesta temática
é ““a resistência aos mecanismos do ódio e ao culto da fatalidade”””. E o culto
da fatalidade e do ódio nasce na ignorância e na sede de poder de alguns títeres engajados no cordão umbilical dos
setores que se dizem mais competentes da sociedade, isto é o político e o
econômico. É na política onde se infiltram. É nela e por intermédio dela que buscam o controle
dos orçamentos municipais para alavancar
os recursos contra sua falência, tanto moral como material. Por isso a
importância da liberdade, da imprensa realmente livre, sóbria, competente e
isenta do visível comportamento faccioso
e tendencioso. Violência não é expressão de um comportamento civilizado. Roubo
só pode ser justificativa do arrogante
homem que um dia foi pobre e não sabe se comportar com a dignidade dos grandes
homens na riqueza. O sentimento da vingança contra a imprensa livre só pode vir
daqueles desesperados nos seus intentos não conseguem enxergar a verdade
reluzente diante de seus olhos. Por isso a loucura da vingança da violência, do
arbítrio sempre com o propósito de influir
e determinar os caminhos da
sociedade. Como diz o escrevinhador juramentado: É um pobre homem rico perdido
pela falta de lucidez e de um sentimento
fraterno, embora viva entre irmãos. (car)
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