quinta-feira, 4 de outubro de 2012


NEM TROLOLÓ NEM FIFIFI

Em 1939 Albert Camus   disse o seguinte:
Uma verdade anunciada num tom dogmático é censurada 9 entre 10 vezes; a mesma verdade, se dita em tom jocoso, não mais do que cinco entre dez… Essas são as possibilidades da Inteligência humana…”Albert Camus (1913-1960), filósofo e escritor francês nascido na Argélia escreveu em 1939 um manifesto em favor da liberdade de imprensa. Como naquele tempo e sem me valer da inspiração de Camus, digo que hoje não é diferente. Criticar, ter idéias diferenciadas do comum,  como e faz a prole jornalística adestrada pode,  não é permitido nas sociedades artificiais, mas quem quiser sobreviver dentro  deste contexto tem que aprender  a só elogiar, manifestar constantemente  com o rabo no meio das pernas, a palavra Sim Senhor exercendo seu trabalho de joelhos diante do poder político ou econômico.  E isto não é informar, orientar, ajudar a sociedade crescer  como um todo, mas sim guarnecer, tornar-se pretor do crescimento de alguns privilegiados ou de apenas um segmento.  A liberdade de imprensa  é a expressão da própria liberdade, quando alguém é tolhido, impedido  de exercer a função  de se manifestar  pelos meios disponíveis  seja  por um  órgão de imprensa  ou pela manifestação das ruas, que  aliás são as mais legítimas das sociedades democráticas, há que se atentar, que se notar, que se  rebelar contra este tipo  de impedimento só manifesto pelo espírito  dos algozes do homem livre.  Este ambiente criado não de civilidade, mas um ambiente de loucura respirado por aqueles que ainda não conscientizaram do grande papel que deve exercer a imprensa. Não é ela, um instrumento do fi-fi-fi-  do trololó, da basbaquice do elogio desmesurado com vastas páginas mostrando o sorrisos  da minoria  que paga pela exposição pública. A imprensa é  com disse o filósofo referido nesta temática é ““a resistência aos mecanismos do ódio e ao culto da fatalidade”””. E o culto da fatalidade e do ódio nasce na ignorância e na sede de poder  de alguns títeres  engajados no cordão umbilical  dos  setores que se dizem mais competentes da sociedade, isto é o político e o econômico. É na política onde se infiltram. É nela  e por intermédio dela que buscam o controle dos orçamentos municipais para alavancar  os recursos contra sua falência, tanto moral como material. Por isso a importância da liberdade, da imprensa realmente livre, sóbria, competente e isenta do visível  comportamento faccioso e tendencioso. Violência não é expressão de um comportamento civilizado. Roubo só pode ser justificativa  do arrogante homem que um dia foi pobre e não sabe se comportar com a dignidade dos grandes homens na riqueza. O sentimento da vingança contra a imprensa livre só pode vir daqueles desesperados nos seus intentos não conseguem enxergar a verdade reluzente diante de seus olhos. Por isso a loucura da vingança da violência, do arbítrio sempre com o propósito de influir  e determinar os caminhos  da sociedade. Como diz o escrevinhador juramentado: É um pobre homem rico perdido pela falta de lucidez e de  um sentimento fraterno, embora viva entre irmãos. (car)

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