ANÁLISES QUÍMICAS DO ZÉ
Parte
II
Como já disse aqui, não há
surpresas, não há “anjinhos
neste inferninho”, não há inocentes nesta “casa-nostra”. O que há são
interesses, complicados interesses com a máscara da decência, como por exemplo as sucessivas declarações de
que se trata de um poder independente que vai trabalhar em consonância com o
executivo, que vai fiscalizar e outras mumunhas. A fiscalização exige e sempre exigiu visão
aguçada, responsabilidade coletiva, respeito a autoridade constituída, projeção
dos interesses maiores da sociedade como meta a ser atingida por todos.
O que se viu não foi nada disso e a continuidade
dessa exorbitância não é uma possibilidade mas uma certeza. A
razão disso está na formação
crítica projetada há muitos anos, de que
tudo vale a pena porque a alma é pequena.
O Zé da Farmácia utilizou os métodos que aprendeu. A
escola que ele frequentou por quatro mandatos foi sentar no banco como aluno atento aos mandos
e desmandos, as posturas respeitáveis e as rasteiras inimagináveis. Portanto
foi e é um aluno que alcança agora a
nota máxima: mil...
A elasticidade nas negociações teve um aprendizado
que não pode causar perplexidade principalmente nos novatos que
chegam à presumível casa do povo. Trata-se de um ato normal.
Anormal, não!
Porque no meio político a
naturalidade só existe quanto ao ser humano e a normalidade é diferente, porque
nem tudo que é natural é normal. `Um exemplo dessa anormalidade vem também de
uma vereadora do Paraná, mas que poderia ser daqui e nada repito surpreenderia, mesmo porque a
prática feminina daqui, em uma das últimas legislaturas pouco ou nada se
diferenciou, salvo a ponta que era fina. . Esta vereadora, se achou o suprassumo da esperteza e acabou
na cadeia por ter criado, pasmem uma
falsa comunicação de crime. Forjou o próprio sequestro por motivação política.
E sabe o ouvinte que espécie de motivação política esta vereadora de Ponta
Grossa usou?
Forjou o próprio sequestro
como manobra para eleger um suposto aliado como presidente. Mas o que leva uma
personagem a tomar atitude tão vergonhosa como essa? Sede de
poder, ganância, olhos maiores para o
erário público. O Zé da Farmácia agora retornando ao panorama local não forjou
sequestro algum agiu como muitos já o fizeram, usou das mesmas táticas, dos mesmos
caminhos e das mesmas desculpas. Se essa escola não é boa e se a grade escolar ministrada
fere a consciência da honestidade, da
dignidade e da honra ela de há muitos anos deveria ser mudada. Desde quando
ouvi um parlamentar nos primórdios da década de 90 dizer em alto e bom som da
tribuna: “primeiro temos que tratar do que entra nossos bolsos e depois o interesse do povo” fiquei atônito e
desesperançado. Contudo de lá para
cá não se viu nenhuma transformação, apenas os gestos e atitudes mais refinadas na
arte de conduzir os interesses próprios
em detrimento da população. Parabéns ao Zé da Farmácia porque acabou sem querer ou querendo se
transformando no aluno inesquecível que deu uma lição de mestre nos “professores
especializados na confecção de notas
promissórias”. .
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