Até onde a fidelidade
partidária tem sentido?
Quando há um interesse maior
no cume desta pirâmide a fidelidade não serve pra nada. Os negócios e as
negociatas, a estratégia política, a maioria nas câmaras de vereadores, tudo isso suplanta qualquer posição porque a
oferta nunca chega de mãos vazias. E por
isso e só por isso, a deslealdade é aceita inclusive pelas vítimas dos acertos
e transferências.
Como há nesta aparente
solidariedade política entre aspas uma compensação no fim do túnel, se entende
assim os porquês das sucessivas infidelidades partidárias que rola indiscriminadamente.
Então um fato como esse que
no passado poderia vir revestido de indignação, hoje não passa de uma
manifestação e redirecionamento político muito comum, como se tornou a
corrupção no país. Ontem UDN e PSD jamais se misturavam e hoje embora
com siglas diferentes jamais deixam de se locupletar.
Tanto a infidelidade quanto a
corrupção, a malversação do dinheiro público, a farra, o esbanjamento, a
retórica farisaica da honestidade e
respeito ao dinheiro do contribuinte, são nada mais e na menos do que práticas
acobertadas por um disfarce caprichoso sem nenhum constrangimento público. É por estas razões que proliferam vereadores sem cabedal
e que fazem de seu mandato um lixo pontificado por tramas, traições
e homens sem palavra. E quando dão a
palavra sacramentam a traição.
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